sábado, 10 de outubro de 2009

Outono, sim... Mas na verdade...Primavera!

O Outono pode ser considerada a estação mais deprimente do ano. As cores do Verão desvanecem, a luz do Sol perde a sua força, a Natureza parece morrer conforme as folhas das árvores secam e caem cobrindo o chão de um manto escuro e sem vida.

Mas enquanto o Outono natural acabou de chegar, eu comecei a entrar na minha Primavera pessoal.
Porque todas as fases da vida correspondem a uma respectiva estação do ano.

Pode-nos acontecer algo que nos faça passar por fases em que a nossa vida seca, em que a nossa felicidade morre e cai ao chão como as folhas de Outono e o nosso sorriso perde o brilho do Verão. Podemos passar pela solidão fria do Inverno e sermos arrebatados de um lado para o outro pelos seus ventos cortantes mas...

Tal como as folhas mortas e caídas no Outono natural vão servir para enriquecer o solo de nutrientes que a respectiva árvore vai usar para se rejuvenescer de forma mais espledorosa na Primavera seguinte, também nós vamos usar as nossas lágrimas caídas para nos erguermos de cabeça levantada e mais fortes na nossa Primavera que se avizinha.

E no meu caso, os recém-nascidos e coloridos rebentos de flôr começaram agora a despontar sobre a fina camada de gelo, já enfraquecida pelos primeiros raios de sol de Primavera!





É altura de ver o copo meio cheio!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Outono

Começa com uma pequena brisa, com um pequeno e inesperado arrepio. O Sol dá ares da sua face tímida e o cachecol que se encontra na gaveta começa a tornar-se algo apetecível.

A Natureza veste o seu casaco de oiro escuro preparando-se para os dias frescos e menos radiantes que se avizinham. O único brilho que se manterá presente será o das gotas da chuva retidas na ponta de um galho esperando pela sua vez de tombar.

Os corpos aproximam-se ansiando por calor humano e partilhando a protecção de um chapéu de chuva enquanto se passeiam pela avenida com o chão coberto por um manto de vermelho, amarelo e castanho.

E enquanto bebo um café quente e observo as folhas de bronze dançando com o vento, pergunto-me: "Haverá estação mais romântica?..."

O Outono chegou.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Madrugada

3.11 da madrugada...

As horas passam sem se fazer anunciar enquanto espero por quem tende em não chegar.
Mantenho-me estendido nos lençóis de olhos abertos, testando a minha eterna paciência e observando a dança envolvente e hipnotizante das sombras.

Até que me deixo levar...

Os olhos mentêm-se abertos mas perdem o ritmo da dança. O brilho que há momentos apresentavam desapareceu dando lugar a duas esferas de vidro baço.
Mergulho nas profundezas da minha mente e perco o rumo.
Torno-me num barco de vela rasgada à deriva num mar tempestuoso de pensamentos, escurecido por um manto de nuvens de tristeza e chicoteado pelos quatro ventos: interrogação, negação, arrependimento e inconformismo.
Perco a definição de tempo enquanto sou açoitado por ondas de questões sem resposta, fulminado por raios de verdades cruéis e arrebatado por trovões de lembranças torturantes.

5.53

Tal como depois da tempestade vem a bonança, as sobras dançantes começam-se a desvanecer com os primeiros raios de luz que anunciam a breve chegada de alguém que ainda se encontra para lá do horizonte.
Porém, os contornos que estas antes cobriam tornam-se desfocados. Quem tardou a chegar começa a dar ares da sua graça.

Os cansados olhos escondem-se e eu deixo-me flutuar para o desconhecido...

terça-feira, 26 de maio de 2009

Crescer...

Crescer não é deixarmos de ser crianças para passarmos a ser adultos.
É aprendermos a distinguir quando nos podemos divertir como uma criança e quando nos devemos comportar como um adulto.